Vivendo recluso em uma pequena cidade do interior, o poeta Lawrence Andrade é surpreendido com a notícia de que foi agraciado com um prêmio, o qual ele tanto almejou ao longo da vida. As pessoas que o rodeiam festejam, mas ele não se sente à vontade como os outros. Agora aquela premiação já não representa mais o que um dia significou. No entanto, Lawrence está disposto a seguir o ritual e receber o que lhe é designado. Para tanto revisita o passado, pois aí tem contas a acertar. Os amores, as badalações literárias, as vaidades, os concorrentes desaparecidos, tudo isso vem à cabeça de Lawrence quando ele passeia pela cidade, sentado na praça lendo seu jornal, ou quando volta à capital em busca de um jovem desaparecido. Os pais também são presença constante em seus pensamentos e todos, sem exceção, estão bem mais próximos do que ele imagina. Chegada a hora, ele se dirige ao local da premiação, para receber as devidas honras. Entretanto uma decisão tomada por ele surpreenderá a todos, uma vez que o passado sempre bate à porta em busca do que lhe é de direito. Seria uma forma de redenção?
Sobre o autor
Aírton DeSouza é graduado em Letras e Comunicação. Publicou um breve romance para jovens, Júlia e Jim, e roteirizou o curta-metragem Tarde de autógrafos. É autor do suspense Crimes em vermelho e da narrativa sobre personagem folclórico Desassombro. Em 2021, surgiu o romance A quarta pirâmide e, em 2023, Os melhores anos são aqueles das incertezas. Escreveu os longas A cidade e as flores e Dança das marionetes. É também criador do site Me conte um conto, dedicado às narrativas breves.
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